A CASA ROSTI foi construída num condomínio bastante preservado, próximo á praia, com grandes porções de mata nativa cercando cada lote.
Os clientes queriam uma casa com um programa de necessidades grande demais para o local (terreno com 373,23m²). A solução veio á partir da aplicação de um método desenvolvido pelo arquiteto para projetos mais desafiadores com relação ao espaço disponível, o funcionalismo topológico. Este método permite uma maior flexibilidade na distribuição dos ambientes, sem se deixar prender por uma malha ortogonal, como geralmente acontece na maioria dos projetos arquitetônicos contemporâneos. Este tipo de distribuição espacial considera a importância da funcionalidade sem, contudo, se deixar prender pela frieza da geometria euclidiana.
No pavimento térreo uma ampla sala de dois ambientes, estar e jantar, está ligada á cozinha, separada apenas pela ilha. Logo na entrada do hall social uma pequena sala reversível, usada como sala de jogos, serve como dormitório de hóspedes quando necessário. Todo o setor de trabalho da casa (depósito, lavanderia, etc) está escondido atrás da cozinha e é acessado pela varanda ou pelo corredor externo, uma distribuição inteligente que esconde a bagunça dos visitantes.
A fachada dos fundos da casa faz uma leve curva, num movimento suave que traz uma beleza surpreendente para este volume. A varanda e a piscina estão lado a lado, á beira da mata atlântica que cerca o terreno.
Tal como na CASA CAMUFLAGEM, na CASA BL e na CASA BOOMERANG, a principal inspiração deste projeto foi a produção arquitetônica do modernista alemão Hans Scharoun (1893-1972), que mesclava topologia com organicismo de forma extraordinária!
Topologia, fenomenologia e neoplasticismo formam as bases teóricas para o projeto desta casa. Inspirações como as obras de grandes arquitetos contemporâneos, como do já citado acima, o arquiteto alemão Hans Scharoun (1893-1972), o americano Steven Holl (1947), ou o italiano Carlo Scarpa (1906-1978), são alguns exemplos que referenciam esta base teórica.